Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007
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"Qualquer mudança no ritmo do jogo da vida pede concentração, coragem, ousadia e vontade."
João Luís Machado
Domingo, 19 de Agosto de 2007
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Eu acredito em Deus.
Mas não sei se o Deus em que acredito,
É o mesmo Deus em que acreditam os outros.
O Deus em que acredito não foi globalizado.
O Deus com quem converso não é uma pessoa,
Não é pai de ninguém.
É uma ideia, uma energia, uma eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega nenhum cajado.
Não está cansado, portanto não tem trono.
O Deus que me acompanha não é bíblico.
Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos,
Algumas parábolas e um pensamento que não se renova.
O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros,
Mas a sua superioridade está nas diferenças,
Na aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.
Avé Maria, Pai Nosso: isso qualquer um decora
Sem saber o que está a dizer.
Para o Deus em que acredito, só vale o que se está a sentir.
O Deus em que acredito não condena o prazer.
Se Ele não te controlo sobre as enchentes, guerrilhas, violência,
Se Ele não tem controlo sobre os traficantes, corruptos e vigaristas
Se Ele não tem controlo sobre a miséria, o cancro e as mágoas,
Então que Deus seria Ele se ainda por cima
Condenasse o que nos resta:
O lúdico, o sexo, o nascimento de uma criança
Que vai nascer e crescer livre, se assim o permitirem.
O Deus em que acredito, não me abandona,
Mas exige-me mais do que uma visita à Igreja,
Uma flexão de joelhos, uma doação aos pobres.
O Deus em que acredito não carrega nenhuma cruz.
A cruz pesa onde tem que pesar: dentro.
O meu Deus não é difícil nem distante
Sabe tudo e vê tudo.
É discreto e optimista.
Não se esconde, pelo contrário, aparece sempre,
Principalmente quando preciso.
O meu Deus é humilde.
Não posso imaginar um Deus repressor,
E um Deus que não sorri.
Porque quem não te sorri, não é teu cúmplice.
Lacqua
música: Tortoise (Water)
Sexta-feira, 17 de Agosto de 2007
Quando está sozinho, não está realmente só, está simplesmente solitário, e há uma grande diferença entre a solidão e a solitude. Quando sente a solidão, fica a pensar no outro, sente a falta dele. A solidão é um estado de espírito negativo. Sente que seria melhor se o outro estivesse ali (o seu amigo, a sua esposa, a sua mãe, a pessoa amada...) A solitude é a presença de si mesmo. A solitude é muito positiva, é uma presença, transbordante. Sente-se tão pleno de vida que pode preencher o universo inteiro com a sua presença, e não há nenhuma necessidade de ninguém. Osho The Discipline of Transcendence, V. 1 Chapter 2 Quando não existe "alguém significativo" na nossa vida, podemos sentirmo-nos solitários, como podemos desfrutar da liberdade que a solidão nos traz. Quando não encontramos apoio nos outros para as nossas verdades sentidas profundamente, podemos sentirmo-nos isolados e amargurados, ou então celebrar o facto de que o nosso modo de ver as coisas é seguro bastante, até para sobreviver à poderosa necessidade humana de aprovação da família, dos amigos... Se se encontra numa situação destas, neste momento, tome consciência de encarar o seu "estar só", e assuma a responsabilidade pela escolha que fez. A figura humilde desta carta brilha com uma luz que emana do seu interior. Uma das contribuições mais significativas de Buda para a vida espiritual da humanidade foi insistir junto a seus discípulos: "Seja uma luz de você mesmo". Afinal de contas, cada um de nós deve desenvolver em si a capacidade de abrir o seu próprio caminho através da escuridão, sem quaisquer companheiros, mapas ou guia. |
Quarta-feira, 15 de Agosto de 2007
Quem Mexeu no Meu Queijo de Spenser Johnson é uma fábula sobre a forma como as pessoas lidam com a mudança, algo que tentamos a todo o custo evitar ou minimizar. Porém as mudanças ocorrem, quer queiramos, quer não, e são inevitáveis. Se pensar na pior coisa que já lhe aconteceu na vida: a perda de alguém que amava, o despedimento de um emprego… pensará certamente no quanto sofreu, associará esse acontecimento à “Descida ao Inferno”, mas depois, ultrapassada a situação, também se recordará, com certeza, coisas boas que daí advieram. Porque tememos a mudança? Porque temos medo do desconhecido, sentimo-nos familiarizados quando pisamos o solo que conhecemos, e por isso é tão difícil aventurarmo-nos por estradas ocultas. No entanto, os resultados podem ser surpreendentes… se confiarmos na Vida, no Universo, em Deus, ou em qualquer outra força suprema e aceitarmos que tudo aquilo que nos acontece é decididamente o melhor para nós.
Sábado, 11 de Agosto de 2007
É mais fácil queixarmo-nos, não é verdade? Culpar a Vida, Deus, o Universo, a Família… quando o mais certo seria apenas olhar para dentro de nós e pensar “- Tudo Depende de Mim!” . Decididamente, ao acordar, temos que decidir que tipo de dia queremos ter, temos que mudar a perspectiva de olhar para tudo e para todos com negatividade e acreditar que Hoje será diferente. Procurar o lado bom de tudo aquilo que nos rodeia e viver cada momento como se fosse único. Há pessoas que se queixam constantemente. Que injustiça! Temos tanto, tanto… O facto de estarmos permanentemente insatisfeitos faz com que desejemos sempre o que não temos e faz-nos acreditar que apenas o “impossível” fará de nós pessoas felizes. Quando olharmos no espelho e amarmos verdadeiramente o nosso reflexo (não interessa se somos mais altos/baixos do que queríamos, mais gordos/magros do que desejávamos); quando agradecermos do fundo do coração a presença de pessoas fantásticas na nossa vida que nos apoiam incondicionalmente (mesmo que não tenhamos alguém que hoje consideramos especial); quando formos gratos por tudo aquilo que colocamos na mesa, pelo magnífico veículo que nos transporta, pelo funcionamento sublime dos órgãos do nosso corpo, pelo vento que nos acaricia o rosto, pelo sol que nos aquece a alma, pelas estrelas que nos iluminam a vida, pelas flores que embelezam a nossa existência… aí seremos verdadeiramente felizes. Namasté!
Quinta-feira, 9 de Agosto de 2007
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Um Samurai alto e forte, de carácter violento e rude, foi procurar um pequeno Monge, calmo e muito pacífico...
«Monge - disse autoritariamente - ensina-me o que é isso do “Céu” e do “Inferno”! O Monge, franzino, olhou para o temível guerreiro e respondeu com a mais absoluta calma:
«Ensinar-te algo sobre o céu e o inferno? A ti? Nem pensar! Eu não te posso ensinar coisa alguma! Olha bem para ti, estás imundo, diria mais, nojento! O teu cheiro é insuportável. A lâmina da tua espada está enferrujada, és uma vergonha, uma humilhação para a classe dos Samurais. Some-te da minha vista! Não consigo suportar a tua presença horrorosa!
O Samurai nem queria acreditar no que estava a ouvir. Por instantes ficou boquiaberto, mas logo reagiu: as palavras do pequeno Monge fizeram eco dentro de si e a fúria veio à superfície como um vulcão quando entra em erupção.
Então o Samurai estremeceu de ódio, o sangue subiu-lhe ao rosto, e mal conseguiu dizer uma só palavra de tanta raiva. Num gesto rápido, empunhou a espada enferrujada, ergueu-a sobre a cabeça e preparou-se para decapitar o Monge.
Nesse mesmo instante o Monge disse-lhe sem pestanejar:
«Aí está... isso... é o Inferno.»
O Samurai, mais uma vez, ficou pasmado e deteve-se. Testemunhou a serenidade, a compaixão e absoluta dedicação daquele pequeno homem, que colocou a própria vida em risco para lhe ensinar algo.
O Guerreiro baixou lentamente a espada e, cheio de gratidão subitamente pacificado pela sabedoria daquele ser, baixou os olhos e a cabeça numa atitude de humildade.
Nesse mesmo segundo, o Monge disse-lhe com serenidade:
«Aí está... isso... é o Céu.»
Reiki - As Raízes Japonesas, Sandra Ramos e Jorge Ramos
Magnífico este conto oriental, não acham? A Igreja católica (com o devido respeito), a família, a sociedade enchem-nos os ouvidos com histórias sobre a absolvição do Céu e a punição do Inferno. Para mim, o Céu e o Inferno são exactamente aquilo que este conto descreve: são um estado de espírito, de alma, existem ambos na Terra e dentro de nós. Compete-nos escolher, a cada dia que passa, como queremos viver. Somos nós que transformamos o nosso dia-a-dia, as nossas vivências, as nossas relações no mais deslumbrante e iluminado Céu, ou no mais obscuro e profundo Inferno. Que a nossa escolha seja sempre o azul do Céu. Namasté!
Domingo, 5 de Agosto de 2007
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A Borboleta é o símbolo da alma, pois da mesma forma que esta abandona a crisálida para voar, o espírito também se liberta do corpo físico para ganhar espaço infinito. Representa ainda o renascimento e a imortalidade. No Japão, surge associada à Mulher, visto que, a metamorfose do seu ovo para lagarta, desta para crisálida e, seguidamente para borboleta, indica as etapas da nossa alma para atingirmos a iluminação.
A Borboleta simboliza a mudança... “O poder da borboleta é como o ar, é a habilidade de conhecer a mente e de mudá-la, é a arte da transformação”. As pessoas deveriam observá-las atentamente e, assim como elas, estar em algum dos seguintes estágios de actividade:
1. Estamos no primeiro estágio - quando a ideia nasce, mas ainda não é uma realidade, é o estágio do ovo, o ponto de criação de uma ideia;
2. O segundo estágio - da larva, surge quando temos que tomar uma decisão;
3. O terceiro estágio - do casulo, é o desenvolvimento do projecto, é fazer para realizar;
4. E o estágio final - a transformação, é deixar o casulo e voar, é a realização!
A principal mensagem simbólica da Borboleta é: Criar, transformar, mudar e ter coragem de aceitar!
Namasté!
Sábado, 4 de Agosto de 2007
Nenhum Homem pode impedir que o pássaro negro da tristeza voe sobre a sua cabeça. Contudo, pode impedir que nela faça ninho.» (Provérbio Chinês)
Partilho convosco este pensamento chinês que um dia, uma amiga, me disse, num momento particularmente triste da minha vida. Eu estava a deixar que o pássaro fizesse ninho. Pior… já o tinha deixado instalar, não só já fizera ninho, como também criação. E porque as palavras são poderosas e os amigos um bem precioso, este provérbio fez-me dar uma ordem de despejo ao pássaro e voltar a recuperar o meu sorriso. Que vos faça sorrir… Que vos dê que pensar.
Sexta-feira, 3 de Agosto de 2007
Este vídeo que vos apresento designa-se por Vida e é um poema de Charlie Chaplin. Vejo-o como um Hino à Vida. É absolutamente fantástico. Mostra a cada imagem, a cada pensamento aquilo que é o nosso percurso de vida. Fala sobre os erros que cometemos e os que perdoamos, da importância de pessoas inesquecíveis no nosso caminho, das ilusões e desilusões. Descreve ainda o labirinto do amor: amamos e somos correspondidos, outras vezes amamos e somos preteridos, outras ainda, somos amados e não conseguimos corresponder. Descreve os sorrisos de felicidade e a humidade das lágrimas de dor. Mas a lição mestra que devemos reter daqui é que tudo isto faz parte da vida e é preciso aceitar que um dia de sol é tão importante como um dia de chuva e acima de tudo… viver esses dias como únicos, chegar ao fim da jornada e dizer “Eu percorri um caminho muito especial: às vezes era relvado, outras, pedregoso. Umas vezes, fazia-se em linha recta mas noutras era muito montanhoso. Mas percorri-o com a suprema felicidade e a suprema consciência de que era o meu caminho!"
Namasté!